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4ª Sessão Extraordinária da Câmara de Vereadores de Andradina mantém veto do vindo do executivo

Veto sobre alteração do orçamento, retirando dinheiro da secretaria de obras para a saúde foi mentido pelos vereadores

4ª Sessão Extraordinária da Câmara de Vereadores de Andradina mantém veto do vindo do executivo
4ª Sessão Extraordinária da Câmara de Vereadores de Andradina mantém veto do vindo do executivo (Foto: Reprodução)

Por André Longarini

Na segunda-feira (4), a câmara de Andradina realizou sua 4ª Sessão Extraordinária com a votação de projetos de leis e de vetos a emendas modificativas e substitutivas.

Vetada pelo prefeito municipal, com parecer jurídico alegando inconstitucionalidade, a Emenda Modificativa nº 01/2025 de autoria da vereadora Elaine Vogel (PSD), propôs a modificação ao Projeto de Lei Nº 112/2025 — processo na 1906/25, que “Dispõe sobre o Plano Plurianual do Município de Andradina para o quadriênio dos exercícios de 2026 a 2029.

A modificação proposta foi em relação ao programa desenvolvido pelo município em face da Secretaria de Saúde de atendimento a crianças com TEA (Transtorno de Espectro Autista), com custo total estimado para o Quadriênio 2026-2029 é R$ 211.061.000,00, com o acréscimo de R$ 500.000,00 para ampliar a oferta de acompanhamento das crianças com Espectro Autista, passando a ser de R$ 211.561.000,00 - dividindo-se proporcionalmente a unidade de medida no Quadriênio 2026 – 2029.

O valor de 500 mil seria então retirado da proposta original do orçamento, reduzindo a dotação da Secretaria Obras Planejamento Urbano e Habitação, do Programa Andradina Planejada e Acessível, com a não substituição do sistema semafórico por modelos novos.

O veto foi analisado e teve o parecer favorável à sua manutenção pelo corpo jurídico da câmara, sendo colocado em votação e aprovado pela maioria dos vereadores presentes.

Tribuna

A propositora da emenda, vereadora Elaine Vogel ressaltou que participou de várias audiências públicas relativas ao tema TEA e que, já havia solicitado a ampliação do TEA, sendo colocado dentro do orçamento que foi enviado a câmara, não sendo incluído, por isso, propôs a modificação.


O vereador Marcel Calestini ressaltou que a forma como foi feita a propositura é inconstitucional e que, por isso o veto foi mantido e, caso o veto fosse derrubado, o executivo teria direito a recurso, com o pedido de ação de inconstitucionalidade em instâncias superiores podendo até prejudicar o pagamento do salário dos servidores municipais. 


O vereador Rodarte dos Anjos salientou a questão da inconstitucionalidade da propositura, destacando que praticamente 1/3 do orçamento é destinado a saúde, com o total de 113 milhões de reais e que, a casa não é contra o atendimento de crianças com TEA.


O vereador Professor Klebinho também destacou a questão da inconstitucionalidade ressaltando que o legislativo sempre apoiou a causa das crianças com TEA e que, esse embate entre a vereadora e o prefeito municipal, poderia prejudicar os mais de 2 mil servidores que, caso fosse derrubado o veto, com recurso do executivo, ficaria a partir de janeiro travado o novo orçamento, até a resolução jurídica.


O vereador Allan Marcelino destacou que esse embate cria divisão política e prejudica o bom andamento dos trabalhos legislativos.


A vereadora Eloá Pessoa saliento que a atual administração quando assumiu abraçou a causa TEA e que há sim, projeto para ampliação do atendimento às crianças em pauta. 



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